domingo, 24 de abril de 2011

A Memória Persistente: O futuro presente



Os textos carregam consigo muita responsabilidade não é mesmo? Transmitem idéias que conseguem adentrar lugares inimagináveis, são interpretados nesses lugares e as consequências disso começam sendo culpa do autor. Não tem problema, eu assumo essa responsabilidade.


Por falar em responsabilidade, lembro-me do dia em que lí a definição dessa palavra pela primeira vez, era extamente isso: "Responsabilidade é a capacidade de assumir seus próprios atos." Já me disseram que não é isso, mas eu gostei dessa definição e por isso eu a defendo! É.. eu defendo a maioria das coisas que eu gosto, desde que elas saibam respeitar os limites da minha concepção sobre o que é conveniente. Esse texto é isso, uma declaração a qualquer leitor de que eu posso e sei assumir tudo que vou colocar aqui (e também o que eu já coloquei).


Sei que posso parecer no mínimo estranha, mas quero dizer que eu já passei por essa fase, essa daí, que você ta passando agora. Quer uma prova? Quando eu disse que eu podia parecer estranha, uma linha antes dessa, eu já estava sendo completamente indiferente à realização da minha expectativa. A frase que me rege agora é: "tanto faz", mas isso não é descaso, mas sim um acaso, que ao invés de negar, mostra-se completamente seguro quando pega na minha mão sem me dizer pra onde está me levando. E afinal, quem se preocupa em saber pra onde vai quando se sente, finalmente, SEGURO (aquele, que só morre de veho)?


Quando me atrevo a dizer que já passei por tua fase leitor, não me comparo à você nem quero me mostrar sábia ou experiente, digo pois sei que os fins justificam os meios, então mesmo sem saber onde você está agora, sei que posso justificar, pois acabo de chegar ao fim! Cheguei não em corpo, matéria, do jeito que se chega quando se planeja ir, cheguei em espírito. Esse fim é o meu começo. FIM-nalmente, cheguei em MIM e só agora eu comecei.


Confuso? Sinal de que você ainda não chegou em si mesmo. Só quem tem a honra de se experimentar pode entender o verdadeiro sentido de ser. Eu sou isso, nu (no sentido menos perverso) e cru, e o melhor de tudo: gosto de ser. Não me decepciono mais, pois entendi que não tenho limites e meu senso de justiça não me deixa limitar alguém. Não me preocupo mais, pois entendi que preocupação é insegurança acompanhada de prepotência, e alguém que se sente segura e não está disposta a prever o imprevisível não sofre desse mal. Não me importo de ser falha, pois desconheço a gama de possibilidades que se forma a cada erro e o desconhecido me atrai de uma forma particularmente excitante.


Ao começar o texto, a intenção não era metade do que se tornou e a responsabilidade de assumir essas palavras se mostrou bem maior agora. Mas, se quer saber, "tanto faz". Aos vinte, aceito e respeito você de vinte um e não sei se te espero mais. Caso queira me achar, procura bem longe um sorriso de satisfação, banhado em verdade, verdade de espírito e alí eu vou estar, nos braços do teu futuro, futuro que não vê a hora de te encontrar.

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