segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Viver a vida (ou)vida a viver

Dizem que a vida é simples.. somos nós quem complicamos.
Dizem também que cada vida é única e que cada um sabe a dor e a beleza de ser o que é.
Todas essas línguas, tão contraditórias, tão nossas, definem ou tentam definir ao público e calam na introspecção.


Não pecam pelo que dizem, e sim por achar que sabiam o que estavam à dizer.


Falam em página virada, como se fosse livro
Adjetivam, como se fosse necessário ou imutável
Comentam a dos outros, quando não cuidam das suas
Atribuem trilha sonora, como se fosse tão fictício ou comum a outras vidas
Chamam de escola e além de permanecerem eternos alunos querem brincar de professor.


E o que é, se não tudo isso?


Se livro, não esqueça o romance,
Se for pra adjetivar, tente "inexplicável",
Se for pra cuidar da dos outros, certifique-se antes que sua grama está verde o bastante,
Se for pra ter música, que tal compor a sua?
Se for escola, esqueça a ordem um pouco, brinque nos intervalos, aprenda todas as lições, demita o porteiro e deixe a porta aberta e no último ano, queira ter saudade ao ponto de reviver cada detalhe no silêncio de sua memória.
Se for me ouvir viva: viva.


Adília Karoline vivendo.

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